Fui o quê?
Uma inútil pressa do teu tempo és!
Criaram-te do mormaço de uma ilusão
que, sem razão, fez-te homem,
um lobisomem qualquer
de ninguém!
Deixaram-te no embaraço da estrada,
sem sentido e direção,
sem alma,
apenas com um coração
seco de boas palavras.
Inevitável lição de desviver
deram-te como presente grego
o mundo do além
para ti, que não vales um vintém,
não és nenhum, não és ninguém,
nem nada foste.
Carregas apenas uma tórrida dor
que mesmo em desfavor
te abraça para te dizer
vai, sofre, és alguém!
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