A prostituta
Torrentoso amor abunda mares,
seiva sai da boca salivando.
É meu beijo que chora teu destino
e, sem te mostrar, ama-me, ó doce prostituta.
Pago-te com efêmero amor
e podre dinheiro.
Não há largo que te estreite
nem lago que te caiba.
Desoceana esses maus desejos,
ama a todos, um por um,
mas não sejas de ninguém
por qualquer preço:
teu valor não se arrancha em teu gozo!
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