E beijos, e beijos, e beijos...
Se a alma assim disser,
que o corpo tudo negue
e no anonimato viva
e me amando sirva
e reproduza e morra
como tudo o que é normal.
Mas se a noite nos beijar dessegredada,
e houver afagos e desejos,
morda e sopre e lamba
e dê-me beijos...
ácidos que ainda assim os sejam,
mas... beijos, e beijos, e beijos,
como minha boca os pede
sem cansar.
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