Estações dos Sentimentos
Inverna a minha face
os grandes rios de lágrimas,
os imensos oceanos de desejos
negados pelo destino.
Infinitamente tristes
afogam-se as mágoas dolorosas,
caem com as chuvas do mundo.
Outona a minha angústia
e a esperança cai com as folhas secas.
Abro a cortina, sento à mesa,
onde moramos eu e eu.
Há que brotar a primavera
e sem os choros de espera
apanhar o sol com a mão,
desentristecer-me um pouco,
dizer que não sou louco
e aguardar para mudar a pele
quando me chegar o verão!
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