Viuvez
Bafejas, com a demência da voz longe,
sem poderes dizer que ainda me amas.
Afoito lanço-me a ouvir-te
no maior silêncio que te escuto,
aflautando a voz...
para que também ela nada te diga.
Beijas então a saudade velha,
Turvas as mensagens cheirosas
do nosso tempo de amor novo
como preâmbulo de uma dor que me quer sofrendo agora.
Nosso amor, o que foi, o que é.
Então, artificioso beijo tua foto
Para me sentir beijado,
Abraço a viuvez do travesseiro,
Lembro-te com a pratina de meu desespero
e sei que serei mulher de ninguém mais.
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