Um grande amor morre
Meus sonhos molham-me de felicidade
quando durmo ao teu lado
em longa procissão de imagens
e de vontades santas.
Deito-me só, eu e tua lembrança,
as que habitam os versos onde canto
nos faceiros poemas que faço
nalguma casa livre onde descanso,
fazendo-me anjo
ao ler minhas mãos pálidas
cheias de corações visitados.
Teu beijo tem sabor de tudo,
menos de tua presença
e do perfume dos teus olhos
serenos, tristes e tremeluzentes,
nada só de ti, nada só da gente.
Um grande amor nasce todo dia,
faz-se entre agonias
para morrer feliz
nas lembranças que mentem
porque nada pode ser mais verdadeiro
quando a morte o apaga.
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