Ouço...
Ouço a noite como se uma fuga fosse,
cheia da lua escura
dos meus claros sentimentos
nas densas madrugadas
dos meus desejos.
Ouço-a quando me dá o coração,
cheio dos olhos da memória,
essa casa dos meus sonhos.
Ouço o mundo, seu vento,
ladrão manso de minhas palavras,
que se vão..., indo embora,
levando o registro do que sinto
como poeta de mim,
inquilino de uma longa estrada,
ouvidos de minha voz
ouvindo minhas falas.
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