O espião da lua
Finda-se minha vigília
quando a morte termina
e o dia surge para os outros,
e nunca para mim,
onde no quarto, à cama,
deito o cansaço dos meus prazeres,
regaço feliz de ontem,
quando a noite ainda estava acesa.
É aí que sonho com os varredores do céu
e os ajuntadores das estrelas do chão
onde ninguém dorme acordado
onde quase pára o coração
enganchado nos sonhos!
As luzes atrasadas do dia para mim,
dormem a queimar outras peles
a acordar outros sonhos
que não os meus,
esses adoradores da escuridão das noites,
que só suportam o luar
que sabe olhar para mim
como um espião da lua.
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