Dor final!
Horas difíceis
e o meu manso coração soluça
arrumando as mágoas,
rarefeitas a sujar-me o peito
como se nada me pudesse ter acontecido.
A vida agarra-se à árvore
até ser fruto maduro.
Cai podre, findada a estação da safra
e nada de alegre me embala,
apenas uma desilusão
de tudo entristecido
a amarrar-me em louca solidão
semente e fôlego da maldade.
Nada mais sou – nada sinto!
Meu amor, absíntico, o vento levou
e não há mais odor, nada mais há
em nada que existiu.
O meu amor sumiu, foi embora,
como a água suja coada
mas que podia ser tomada novamente...
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