Velho amor velho
E este teu olhar sereno e triste,
presente dos anos, crime do tempo,
troco da velhice,
ainda olha o meu perdidamente
como se quisesse dizer
que envelhecer...
é o atestado firme que a morte existe hoje,
nos ávidos corpos do passado,
esses nossos corpos,
não mais como ontem, enovelados,
a amarem-se na foiteza de tudo,
quando amar significava mais um desejo
do que a admiração do amor de hoje.
Lerda, apenas a paixão de ontem
porque nosso amor voa hoje
como um lindo colibri feliz
sabendo que na vida,
um jardim nos quis,
o amor sincero dos anos fugidos.
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